Suspeita de tentativa de fuga com passaporte português e nova fase de investigações sobre golpe de 2022

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou na manhã desta sexta-feira (13) a prisão do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a ordem foi revogada poucos minutos depois, informaram fontes da CNN Brasil e o Correio Braziliense.
Motivo da prisão
A determinação ocorreu no âmbito de uma nova fase das investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que tem Cid entre os principais réus. Em paralelo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) buscava apurar se ele tentou fugir do país usando um passaporte português, com suposto apoio do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado .
Prisões simultâneas
Na mesma operação, a Polícia Federal cumpriu mandado de prisão em desfavor de Gilson Machado, suspeito de tentar intermediar a emissão do documento em Recife, para facilitar a saída de Cid do Brasil.
Como ocorreu a ordem e revogação
- A prisão foi decretada na casa de Cid, em Brasília, pela manhã, e imediatamente revogada após esclarecimentos da defesa .
- O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, afirmou que se tratou de um “equívoco” e que Clemente não tentou fugir e tem endereço fixo no país .
Próximos passos
- Apesar da revogação, Cid deverá ser levado à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar um novo depoimento ainda nesta sexta-feira .
- A PF também realizou buscas e apreensões na residência do militar e dos investigados.
Contexto mais amplo
Cid é réu em diversos inquéritos no STF sobre abuso de autoridades, milícias digitais e tentativa de golpe, além do caso do passaporte. Ele firmou delação premiada na investigação, sendo peça central nas investigações sobre o golpe de 2022.
Essa nova fase da investigação reforça o aprofundamento do Supremo e da PF na apuração de eventuais tentativas de fuga e suporte a atos antidemocráticos. A expectativa é de que novos desdobramentos ocorram a partir dos depoimentos de hoje.